
A série Alien: Earth, que expande o universo da franquia Alien, mergulha em um cenário distópico onde os governos deixaram de existir. Em seu lugar, cinco megacorporações assumiram o comando, dividindo o planeta em territórios e administrando-os como reinos corporativos. Essas entidades são chamadas de “The Five” e cada uma detém poder absoluto sobre regiões inteiras da Terra.
A ideia de corporações poderosas sempre esteve presente nos filmes da saga, mas em Alien: Earth esse elemento é colocado em primeiro plano.
Não se trata mais de empresas influenciando governos, e sim de um mundo em que elas próprias se tornaram os governos.
O mundo corporativo de 2120
No ano de 2120, a queda dos sistemas políticos tradicionais abriu espaço para que as corporações dominassem a civilização. Cada uma das cinco controla extensos territórios, estabelecendo leis próprias e transformando a sociedade em uma grande corpocracia.
O resultado é uma vida limitada para a maioria da população. O cotidiano é marcado por contratos de trabalho rígidos, vigilância constante e ausência de alternativas para quem deseja romper com o sistema.
Um exemplo disso aparece logo no início da série, quando o personagem Hermit tenta encerrar seu contrato para seguir carreira na medicina. Seu pedido, no entanto, é tratado com total indiferença por um atendente robótico, que simboliza a frieza com que essas corporações lidam com seus cidadãos.
Esse controle sufocante é equilibrado com a promessa de avanços tecnológicos e soluções para problemas herdados dos antigos governos. Mas, como fica evidente, essas conquistas vêm acompanhadas de um preço alto: a vida sob domínio de empresas cujo único objetivo é a maximização do lucro.
Weyland-Yutani

Entre as cinco corporações, a mais conhecida pelos fãs é a Weyland-Yutani, que aparece em praticamente toda a franquia Alien. Em Alien: Earth, a empresa comanda as Américas e mantém sua reputação de corporação sem escrúpulos.
Nos filmes, a Weyland-Yutani já se mostrou disposta a sacrificar tripulações inteiras em missões espaciais, tudo para adquirir conhecimento ou espécimes alienígenas. Em Alien 3, o enredo gira em torno da decisão da companhia de condenar prisioneiros, apenas para proteger seus interesses.
Na nova série, ela continua representando um poder gigantesco, com operações que abrangem colonização, exploração de recursos e o uso de vidas humanas como moeda de troca.
Sua rivalidade com outras corporações se torna um dos motores da trama, especialmente quando seus planos se chocam com os da Prodigy.
Prodigy

A Prodigy surge como a corporação mais intrigante da série, controlando uma grande porção do planeta que inclui boa parte da Ásia, metade da África, além da Austrália e da Groenlândia. Apesar de ser uma das mais jovens entre as cinco, rapidamente se tornou uma potência mundial.
A empresa é liderada por Boy Kavalier, o bilionário mais jovem e poderoso da Terra, interpretado por Samuel Blenkin. Sob sua gestão, a Prodigy desenvolve um projeto secreto que pode redefinir o futuro da humanidade: os híbridos. Essa iniciativa busca fundir a consciência de pessoas reais com corpos sintéticos, criando uma forma de imortalidade.
A Prodigy guarda essa tecnologia com extremo sigilo, planejando lucrar no momento certo. Porém, seus interesses entram em conflito direto com os da Weyland-Yutani.
O acidente em New Siam intensifica essa rivalidade e leva a empresa rival a infiltrar um agente, Morrow (Babou Ceesay), com a missão de atingir um grupo vulnerável conhecido como “Garotos Perdidos”, peça importante nos experimentos da Prodigy.
Threshold, Lynch e Dynamic
As outras três corporações, embora menos exploradas até o momento, completam o grupo das cinco que comandam a Terra.
A Threshold controla a Europa Ocidental, mas pouco foi mostrado sobre suas operações. A Lynch domina o território do que um dia foi a Rússia, enquanto a Dynamic exerce domínio sobre a outra metade da África, o Oriente Médio e até mesmo a Lua, segundo uma fala no primeiro episódio.
Embora ainda não se saiba quais áreas de atuação são prioridade para cada uma dessas empresas, a série deixa claro que todas estão envolvidas na chamada “corrida pela imortalidade”. Essa disputa envolve o desenvolvimento de sintéticos, ciborgues e, no caso da Prodigy, os híbridos.
O detalhe é que, mesmo com tanto avanço tecnológico, a vida cotidiana continua sombria. As corporações podem ser capazes de estender a vida, mas não oferecem perspectivas de liberdade ou bem-estar para a maioria da população.
A corrida pela imortalidade

Um dos elementos centrais do universo de Alien: Earth é a busca das corporações por prolongar indefinidamente a existência humana. A série mostra que esse objetivo une todas as cinco, ainda que cada uma adote estratégias diferentes.
No caso da Prodigy, os híbridos representam a aposta mais ousada. Já a Weyland-Yutani continua focada em colonização e exploração de novos recursos, sempre em busca de manter sua supremacia. Threshold, Lynch e Dynamic ainda não tiveram seus métodos revelados, mas a expectativa é que entrem em cena à medida que a série avance.
Enquanto isso, os cidadãos comuns permanecem presos em sistemas de trabalho rígidos e sem saída, com sua sobrevivência dependendo das vontades dessas megacorporações.
Alien: Earth está disponível no Disney+, onde lança novos episódios às terças-feiras às 21:00.