Depois de anos de idas e vindas, o filme de O Demônio na Cidade Branca está novamente em desenvolvimento, agora sob responsabilidade da 20th Century Studios, estúdio pertencente à The Walt Disney Company.
A adaptação do livro de Erik Larson, publicado em 2003, conta com Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio envolvidos na produção. Ainda não está claro qual personagem DiCaprio interpretaria.
A trama se passa no final do século XIX, em Chicago, durante a Feira Mundial de 1893.
O livro segue duas figuras centrais: o arquiteto Daniel Burnham, responsável pela grandiosa exposição, e H. H. Holmes, um dos primeiros serial killers dos Estados Unidos, conhecido por construir um “castelo do horror” para atrair e eliminar suas vítimas.
O longo caminho até a produção
O projeto teve início em 2010, quando DiCaprio adquiriu os direitos do livro por meio de sua produtora, Appian Way.
Em 2015, Scorsese foi anunciado como diretor, marcando mais uma colaboração entre os dois. No entanto, em 2019, o filme foi descartado e transformado em uma série, com o Hulu, plataforma de streaming nos EUA controlada pela Disney, assumindo a produção.
A série parecia estar avançando, especialmente após a confirmação de Keanu Reeves no elenco. As filmagens estavam programadas para 2023, mas o projeto enfrentou novos problemas.
Reeves deixou a produção em 2022, seguido pelo diretor Todd Field. Pouco tempo depois, o Hulu abandonou a adaptação, deixando o futuro da história indefinido.
No entanto, em 2024, começaram a surgir rumores sobre uma possível retomada do projeto como filme. Agora, com o envolvimento de Scorsese e DiCaprio, a produção volta a ganhar força.
O que atrai tanto Scorsese e DiCaprio para essa história?
DiCaprio e Scorsese trabalham juntos há anos e já exploraram diferentes gêneros no cinema, mas este projeto em particular parece ter um apelo especial para ambos.
A história real de H. H. Holmes e sua construção macabra desperta o interesse de fãs de true crime, e a ambientação histórica adiciona um elemento grandioso ao filme.
Se essa nova tentativa for concretizada, será mais uma produção de peso para a parceria entre ator e diretor.
O macabro “castelo do horror” de H. H. Holmes
H. H. Holmes ficou conhecido como um dos primeiros serial killers dos Estados Unidos, operando durante a Feira Mundial de Chicago em 1893.
Seu verdadeiro nome era Herman Webster Mudgett, mas ele adotou o pseudônimo e construiu um prédio que se tornou lendário por seus horrores.
Chamado de Hotel da Feira Mundial, o edifício era uma verdadeira armadilha, projetado para atrair e eliminar vítimas sem deixar rastros.
Corredores sem saída, portas que só abriam pelo lado de fora, passagens secretas e até uma câmara de gás faziam parte da construção. Os corpos eram descartados de maneiras cruéis, e acredita-se que Holmes revendia esqueletos para escolas de medicina.
Estima-se que Holmes tenha assassinado dezenas de pessoas, embora ele próprio tenha confessado 27 crimes. No entanto, historiadores acreditam que o número real pode ser muito maior.
Ele foi capturado em 1894 e, após um julgamento amplamente coberto pela imprensa, condenado à morte.
Em 1896, foi enforcado na Filadélfia, mas até sua execução gerou mistério: Holmes pediu para ser enterrado em um caixão de concreto para evitar que seu próprio corpo fosse roubado e estudado, um destino comum na época para criminosos famosos.
Seu caso continua despertando curiosidade até hoje e serve como um dos exemplos mais aterrorizantes da obsessão do público por histórias reais de crimes.
Por enquanto, resta aguardar mais atualizações sobre O Demônio na Cidade Branca. Até lá, a colaboração mais recente entre Scorsese e DiCaprio, Assassinos da Lua das Flores, está disponível na Apple TV+.
