
O Disney+ está prestes a passar por mais uma mudança importante em sua identidade no mundo todo. Depois de anos usando a marca Star como hub de entretenimento geral fora dos Estados Unidos e fora da América Latina, que tinha o Star+ como streaming independente, a Disney confirmou que o selo será rebatizado como Hulu a partir de 8 de outubro de 2025.
A novidade foi descoberta durante uma maratona ao vivo de episódios clássicos de Futurama, quando a própria descrição do evento indicava a data oficial do lançamento internacional do Hulu dentro do Disney+. O vídeo com a revelação estava disponível no YouTube, mas foi rapidamente retirado do acesso público.
A alteração já estava marcada para acontecer entre setembro e novembro, conforme já havia sido adiantado pelo CEO Bob Iger, mas agora os assinantes já sabem o dia em que a transição começará.
O que realmente muda com a chegada do Hulu
Nos Estados Unidos, o Hulu existe há mais de uma década como uma marca consolidada de entretenimento geral. Por lá, a plataforma oferece desde filmes e séries originais e até noticiários. A Disney sempre teve planos de expandir a marca para o resto do mundo, mas só depois de adquirir a parte que ainda pertencia à Comcast foi possível fazer a transição global.

Desde 2021, fora dos EUA, esse papel vinha sendo cumprido pelo hub Star dentro do Disney+ e na América Latina com o Star+. A marca funcionava como espaço para conteúdos mais adultos e produções de estúdios parceiros, complementando os catálogos de Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic.
Agora, o Star será substituído pelo Hulu, alinhando a comunicação mundial da plataforma com o nome já bastante conhecido no mercado norte-americano.
Na prática, para os assinantes brasileiros e de outros países da América Latina, a principal mudança será visual, considerando que o Star+ já foi descontinuado em 2024 com seu conteúdo migrado para o Disney+.
O catálogo deve continuar oferecendo as mesmas produções, mas nem tudo chegará ao mesmo tempo que nos EUA. Questões de licenciamento, dublagem, legendagem e até estratégias comerciais locais ainda podem causar diferenças no cronograma de estreias.
O caminho da marca Star até aqui

A marca Star teve uma longa trajetória antes de se tornar parte do Disney+. Criada em 1990 como um canal de TV por satélite em Hong Kong, foi adquirida pela News Corporation em 1993 e passou por diversas reformulações, com maior destaque na Índia e na China. Em 2019, após a compra da 21st Century Fox pela Disney, o nome Star passou a ser usado para conteúdos de entretenimento geral em diferentes regiões.
Na América Latina, o Star+ foi lançado como plataforma independente em 2021, reunindo séries, filmes e a programação esportiva da ESPN. Apesar de enfrentar disputas de marca no Brasil, o serviço se consolidou rapidamente com títulos como The Walking Dead, This Is Us e transmissões da Libertadores, Premier League, La Liga, entre outros.
Essa fase chegou ao fim em junho de 2024, quando o Star+ foi integrado ao Disney+. Desde então, os conteúdos ficaram disponíveis por meio de hubs, incluindo o Star e o exclusivo ESPN para os esportes ao vivo. Agora, com a substituição definitiva do Star pelo Hulu em outubro de 2025, a Disney encerra de vez o uso da marca Star em suas operações internacionais.
A mudança também prepara o caminho para a integração completa do Hulu ao Disney+ nos Estados Unidos, prevista para 2026, quando a experiência unificada estará disponível mundialmente.