Beau DeMayo, ex-showrunner da série X-Men ’97, fez críticas pesadas à Marvel Studios e à Disney, alegando “condições de trabalho criminosas” e práticas discriminatórias. Após sua demissão, ocorrida antes da estreia da série, a Marvel declarou que sua saída foi decorrente de uma investigação por “má conduta”. No entanto, DeMayo nega as acusações e afirma que sua demissão foi resultado de sua identidade como homem negro e gay, e por se recusar a cumprir certas expectativas do estúdio.
DeMayo e seu advogado, Bryan Freedman, entraram com uma ação na Justiça norte-americana para anular uma cláusula de não depreciação que, segundo eles, viola as leis da Califórnia.
Essa cláusula foi inserida no acordo de demissão de DeMayo, e o roteirista e produtor afirma que ela foi criada para silenciá-lo e encobrir más práticas dentro da Marvel Studios. De acordo com o processo, DeMayo “testemunhou e suportou condutas discriminatórias e de assédio” durante seu tempo na empresa.
Acusações de manipulação e retaliação
Em suas declarações, DeMayo afirmou que a Marvel o tratava de forma inadequada devido à sua orientação sexual e raça, sendo pressionado a atuar como uma “aprovação simbólica” para o projeto.
Ele declarou que, ao se recusar a ceder às pressões, enfrentou retaliações e teve seus créditos removidos da segunda temporada de X-Men ’97. Além disso, ele afirmou que a Marvel estaria manipulando e coagindo testemunhas para sustentar a versão da empresa sobre sua demissão.
DeMayo prometeu expor as práticas da Marvel por meio de suas plataformas, como o OnlyFans, onde declarou: “Eu tenho os recibos e as testemunhas oculares“. Ele também criticou as supostas tentativas de intimidação por parte do estúdio e afirmou que pretende seguir com a exposição das “mentiras e desinformações” que estariam sendo usadas contra ele.
Seu advogado, Freedman, argumenta que o caso pode resultar em grandes perdas para a Marvel, não só financeiramente, mas também em termos de reputação.
Fonte: Deadline