
A segunda temporada de Percy Jackson e os Olimpianos chegou e já no primeiro episódio trouxe um momento decisivo: Luke Castellan, interpretado por Charlie Bushnell, aparece envenenando a Árvore de Thalia, responsável pela barreira mágica que protege o Acampamento Meio-Sangue de monstros.
Essa revelação acontece logo de cara na série do Disney+, mas nos livros o motivo por trás do ataque só aparece mais tarde em O Mar de Monstros, segundo volume da saga escrita por Rick Riordan.
Mesmo assim, a essência da traição permanece a mesma: Luke dá um golpe profundo justamente no lugar que um dia o salvou.
A história por trás da Árvore de Thalia
Para entender o peso dessa atitude, vale lembrar quem é Thalia. Ela, Luke e Annabeth passaram meses fugindo de monstros antes da trama da série começar. No momento em que estavam prestes a ser derrotados, Thalia se sacrificou para salvar os amigos. Seu pai, Zeus, transformou a menina em uma árvore, e dessa árvore surgiu a poderosa barreira que mantém o acampamento em segurança.
Ao envenená-la, Luke enfraquece essa proteção. Como resultado disso, monstros conseguem atravessar o limite do acampamento, entre eles os pássaros infernais que atacam no segundo episódio da temporada.
Mas esse ataque não tem como foco destruir o acampamento, pelo menos não diretamente. O livro revela que o plano de Luke é ainda mais perigoso.
O verdadeiro objetivo de Luke: o Velocino de Ouro

Para Kronos ressurgir, ele precisa ser curado. No momento atual da história, o titã está em pedaços, literalmente. E existe um item capaz de acelerar sua recuperação: o Velocino de Ouro, um artefato lendário com poder de cura absoluto.
O problema? O Velocino está nas mãos do ciclope Polifemo, em uma ilha difícil de encontrar.
Luke sabe que, ao envenenar a Árvore de Thalia, o acampamento não terá escolha: será obrigado a autorizar uma missão para recuperar o Velocino e restaurar a barreira. O plano dele é simples, mas cruel. Depois que os heróis encontrarem o Velocino, Luke pretende interceptar a missão e roubar o artefato, entregando-o a Kronos.
Ou seja, ele não atacou o acampamento para destruí-lo de imediato. Ele atacou para manipulá-lo.
Luke tem mais destaque na 2ª temporada
A segunda temporada da série deu mais espaço para Charlie Bushnell, agora promovido ao elenco fixo junto a Dior Goodjohn, que vive Clarisse.
Os veteranos Walker Scobell (Percy), Leah Sava Jeffries (Annabeth) e Aryan Simhadri (Grover) seguem como protagonistas, e o elenco ganhou Daniel Diemer como Tyson.
Com mais tempo em cena, a relação de Luke com Thalia deve ganhar uma nuance que não existe nos livros, mas está presente em materiais paralelos.
A série deve tornar a traição ainda mais dolorosa

Tanto Charlie Bushnell quanto Tamara Smart, intérprete de Thalia, afirmaram recentemente que a série explora uma conexão mais profunda entre Thalia e Luke.
Essa proximidade é inspirada no conto O Diário de Luke Castellan, presente no livro Os Diários do Semideus, onde a relação entre os dois é explorada com mais emoção.
Bushnell chegou a sugerir, em entrevista ao Monster Donut Podcast, que Luke pode ter sentimentos mais fortes por Thalia do que o público imagina. Tamara Smart também declarou ao Entertainment Weekly que uma relação presente fora dos livros será trabalhada na série, o que reforça ainda mais essa interpretação.
Além disso, Rick Riordan confirmou em coletiva de imprensa que a produção incluiu novas cenas mostrando o passado de Annabeth, Luke e Thalia, parte do famoso trio apelidado pelos fãs de “Broken Trio”, ou “Tio Quebrado”
Com essa informação adicional, o ato de envenenar Thalia deixa de ser apenas uma manobra estratégica. Torna-se uma ferida emocional profunda, que mostra o quanto Luke foi consumido e distorcido pelas manipulações de Kronos.