A Máquina, a série dramática em espanhol disponível no Disney+ no Brasil e Hulu nos Estados Unidos, acompanha Esteban Osuna (Gael García Bernal), um boxeador em declínio que tenta dar a volta por cima.
Seu melhor amigo e empresário, Andy Lujan (Diego Luna), está determinado a reviver sua carreira, mas também enfrenta problemas com o submundo do crime, puxando Esteban e sua ex-esposa, Irasema (Eiza González), para uma trama sombria e perigosa no mundo do boxe.
Mesmo sabendo que o novo combate pode ter consequências fatais, Esteban decide seguir em frente, enquanto as sequelas neurológicas da carreira o fazem questionar a própria realidade.
Em uma entrevista com o Collider, os amigos de longa data, Bernal e Luna, falaram sobre a longa jornada para transformar A Máquina em uma série de TV, a decisão de contar uma história sobre o fim de uma carreira e o desafio de abraçar o envelhecimento. Eles também falaram sobre o processo de criação do visual de Andy e a importância de tornar o desenvolvimento de projetos mais ágil no futuro.
Uma jornada de mais de uma década
Transformar A Máquina em uma série de TV levou mais de dez anos, e Luna destacou a importância dessa conquista. “É incrível. Significa muito para nós.” Bernal completou: “Especialmente porque nós realmente gostamos do resultado.”
Luna explicou que, desde o início, o projeto foi pensado em espanhol, e a principal dificuldade foi encontrar parceiros dispostos a fazer isso acontecer. “Primeiro, a Fox Searchlight se envolveu, e somos muito gratos pela colaboração. Depois, a Hulu decidiu seguir em frente, e é a primeira vez que eles fazem algo em espanhol. E eu posso garantir que não será a última”, disse ele.
A reflexão sobre carreira e envelhecimento
A história de A Máquina é um espelho para a vida de muitas pessoas que enfrentam o fim de uma carreira que amam. Para Bernal, o boxe é uma metáfora poderosa. “O boxe é um esporte fantástico para analogias sobre a vida. Há uma certa brutalidade e honestidade, onde o sucesso depende de acertar os golpes e evitar ser atingido. É algo muito primitivo.”
Ele também fez uma reflexão interessante sobre como o envelhecimento pode ser encarado de forma positiva. “Agora vivemos em um mundo onde podemos abraçar o envelhecimento de forma transgressora e divertida. Os tempos mudaram.”
Luna complementou, destacando a importância de interpretar personagens que refletem quem eles são hoje como atores e pessoas. “Estamos contando a história que queríamos contar, que fala sobre como aprender a deixar ir uma carreira. É possível estar no auge e, mesmo assim, se despedir sem perder a vontade de seguir em frente?”
O visual de Andy e a liberdade de interpretação
Diego Luna também comentou sobre o processo de criação do visual excêntrico de Andy, seu personagem em A Máquina. “Testamos várias coisas, e tivemos tempo para ajustar até chegarmos ao visual certo. Trabalhei com uma equipe de próteses, maquiagem e figurino para garantir que tudo estivesse em sintonia.”
Ele explicou que a ideia era não exagerar na caricatura, permitindo que o personagem ainda parecesse real e acessível. “Quando acertamos, foi como mágica. O Gael olhou para mim e disse: ‘Cara, conseguimos’.”
Luna destacou como se sentiu à vontade no papel, ao ponto de permanecer no personagem durante todo o dia de filmagem. “Foi muito divertido. A energia desse cara, sem filtro, tão ridículo e sem nem perceber, foi algo que aproveitei ao máximo.”
Novos projetos
Sobre a possibilidade de mais episódios ou novos projetos juntos, Bernal e Luna se mostraram animados. “Esperamos que aconteça em breve. O processo de fazer TV e filmes é demorado, mas estamos sempre criando algo”, disse Bernal. Luna, por sua vez, expressou o desejo de encurtar o tempo de desenvolvimento dos projetos. “Caso contrário, da próxima vez que estivermos falando, será sobre uma amizade muito antiga e ainda mais longa!”
A Máquina já está disponível no Disney+.
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Esses títulos foram pensados para captar a curiosidade do público, destacando os elementos mais intrigantes da entrevista e da série.
