A confusão que levou um cachorro a ser indicado ao Oscar

Cachorro-ganhando-o-Oscar A confusão que levou um cachorro a ser indicado ao Oscar

Em um dos episódios mais curiosos e pouco conhecidos da história do Oscar, um cachorro foi nomeado para Melhor Roteiro Adaptado pela 57ª edição da Academia por seu “trabalho” em coautoria de Greystoke: A Lenda de Tarzan, o Rei da Selva de 1984.

P.H. Vazak, um cachorro quer pertenceu ao roteirista Robert Towne, ganhou crédito pelo roteiro criado por seu dono, que estava descontente com as mudanças feitas em seu script original para Greystoke.

O filme, estrelado por Christopher Lambert e Andie McDowell, foi inicialmente um projeto especial para Towne, inspirado parcialmente pelo trabalho de Jane Goodall com primatas. Contudo, conflitos sobre o orçamento e o desempenho de bilheteria de um projeto anterior levaram a uma disputa legal entre Towne, a Warner Bros. e o produtor David Geffen, culminando na substituição de Towne pelo diretor Hugh Hudson.

Greystroke A confusão que levou um cachorro a ser indicado ao Oscar

Towne estava tão insatisfeito com as alterações em seu roteiro que optou por creditar seu cachorro, P.H. Vazak, no lugar de seu próprio nome. Hudson reconheceu a frustração de Towne, comentando com o The Hollywood Reporter:

“Robert Towne nunca gostou, claro. Por que ele gostaria? Era seu bebê, para começar, mas ele vendeu seu bebê, por assim dizer.” Apesar das controvérsias, o filme recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.

Outros “falsos” indicados ao Oscar

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Towne pode ter sido o único a usar seu cachorro como um pseudônimo, mas a história do Oscar conhece outros “falsos” indicados. Os irmãos Coen, por exemplo, foram indicados por editarem seus próprios filmes (Fargo e Onde os Fracos Não Têm Vez) sob o pseudônimo de Roderick Jaynes.

Da mesma forma, a indicação de Jean-Marc Vallée por editar Clube de Compras Dallas foi feita sob o nome John Mac McMurphy.

Outros casos incluem Carole Eastman, indicada por escrever Cada Um Vive Como Quer como Aiden Joyce, e Charlie Kaufman, que compartilhou o crédito de roteiro de Adaptação com seu “irmão” Donald, que não existe fora da narrativa metafórica do filme.

Carl Foreman e Michael Wilson venceram o Oscar por A Ponte do Rio Kwai com o crédito indo para Pierre Boulee, enquanto Dalton Trumbo ganhou duas vezes sob nomes diferentes: como Robert Rich por O Bravo e usando o nome de Ian McLellan Hunter por A Princesa e o Plebeu.

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