
Em participação no Fan Expo Boston, John Rhys-Davies, o intérprete de Sallah na franquia Indiana Jones, falou sobre as filmagens mais difíceis da carreira. Questionado sobre qual cena ou filme foi o mais complicado de gravar, ele respondeu: “Todos são difíceis”.
O ator contou que, durante as filmagens de Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981), ele e outros membros da equipe contraíram disenteria. Segundo Rhys-Davies, isso aconteceu na mesma época em que gravou uma cena que acabou ficando de fora da versão final do filme.
“Em uma sequência que acredito estar em uma das versões estendidas, o cozinheiro alemão recebe a ordem de me levar para fora e me executar”, revelou ao Collider. Após essa gravação, ele voltou para o hotel com febre alta, acima de 38°C.

A ideia de Sallah quase ser morto por um nazista já seria intensa para o tom de aventura do filme.
O momento, segundo o ator, lembra uma cena que Steven Spielberg dirigiria anos depois em A Lista de Schindler, quando Amon Goeth (Ralph Fiennes) tenta executar um trabalhador de campo de concentração.
Essa semelhança pode ter contribuído para a decisão de cortar o trecho de Os Caçadores da Arca Perdida.
As dificuldades em O Senhor dos Anéis

Rhys-Davies também falou sobre os bastidores da trilogia O Senhor dos Anéis, onde viveu o anão Gimli. Ele explicou que o maior problema não foi uma alergia, como muitos pensam, mas sim o efeito da cola usada para fixar as próteses faciais.
“É um equívoco dizer que era alergia. Usávamos um adesivo médico para a prótese, e adesivo médico é hipoalergênico. O que acontece é que é um adesivo muito forte, que se liga às células externas da pele, e não foi feito para ser colocado e retirado diariamente. Ele retira um pouco de vida celular toda vez que é removido”, disse.
O ator contou que, com o tempo, perdeu toda a pele ao redor dos olhos. “O corpo reage liberando histamina para reparar, então os olhos incham e ficam horríveis. Às vezes eu chegava para trabalhar e eles diziam: ‘John, não podemos colocar a prótese hoje. Não há nada para colar'”.