A Globo e a Disney estabeleceram um novo acordo para a colaboração na produção de filmes brasileiros, marcando a primeira parceria desse tipo entre as duas empresas. Serão produzidos quatro longas-metragens, com lançamento anual nos cinemas, para depois serem disponibilizados simultaneamente no Globoplay e no Disney+ ou Star+. O acordo está sujeito à aprovação do CADE, órgão que tem a missão de zelar pela livre concorrência no mercado nacional.
De acordo com o site oficial da Globo, mais detalhes sobre os filmes, incluindo as produtoras envolvidas, datas, títulos e elenco, serão anunciados ao longo do período de vigência contratual.
Erick Brêtas, diretor de Produtos Digitais e Canais Pagos da Globo, afirmou que o conteúdo brasileiro é fundamental para o Globoplay e que a parceria com a Disney amplia seu alcance.
“O conteúdo brasileiro é o elemento central da oferta do Globoplay. Esta nova parceria com a Disney potencializa o alcance desse conteúdo ao permitir, de um lado, que os filmes contemplados no acordo cheguem a outros territórios cobertos pelo Disney+ e o Star+; e, por outro, que a janela de exibição em salas de cinema seja reforçada pelos esforços de marketing e distribuição dos dois parceiros. Ganham o consumidor e os criadores”.
Renato D’Angelo, Gerente Geral da The Walt Disney Company Brasil, expressou entusiasmo com o acordo, enfatizando que produções locais são fundamentais para a estratégia da empresa.
“Estamos muito entusiasmados com esta nova parceria com a Globo e em oferecer aos fãs uma nova e emocionante jornada de entretenimento. Conteúdo local é um dos pilares de nossa estratégia e esse acordo irá trazer ainda mais conteúdos relevantes para nossa audiência, mostrando ao mundo a qualidade das produções brasileiras.”
Foco em conteúdo nacional
Em abril deste ano, Cristiano Lima, diretor de estratégia de conteúdo para entretenimento geral e Disney+ no Brasil, disse à revista Veja que a divisão de streaming está focada em contar histórias do país.
Ele ressaltou que a estratégia visa oferecer variedade e possibilitar a narrativa de diferentes tipos de histórias, levando em consideração as tendências e dados do mercado.
“Levamos muito a sério o poder e o potencial que tem a produção original no Brasil. E não é só sobre produzir em si, mas contar as nossas histórias, mostrar nossos talentos, os que estão na frente e por trás da câmera, falar de inclusão, porque acompanhamos as tendências baseados em dados“, disse ele.
“Em 2022, tivemos um volume grande de tráfego, contando Disney+ e Star+, que são contabilizados juntos”, ele continuou. “As duas plataformas têm produções nacionais. Queremos oferecer variedade. O Rei da TV é um fenômeno de público e crítica. Nossa estratégia é ter um volume razoável e que torne possível contar diferentes tipos de história“, concluiu.