Poucas imagens causaram tanta curiosidade entre os fãs da Marvel nos últimos tempos quanto o primeiro material de Vingadores: Doutor Destino. Não houve fala, explicação ou destaque especial, mas bastou para levantar uma pergunta que rapidamente dominou fóruns e redes sociais.
Steve Rogers está de volta. Não em campo de batalha, não com o escudo em punho, mas segurando um bebê nos braços. A cena acontece na mesma casa ligada ao final de Vingadores: Ultimato, deixando claro que aquela criança é fruto da vida que ele escolheu ao lado de Peggy Carter.
A confirmação do retorno de Chris Evans ao MCU, após anos negando envolvimento no projeto, veio acompanhada desse elemento inesperado. E, a partir daí, a curiosidade mudou de foco. Não é mais apenas sobre como Steve retorna, mas sobre quem é esse filho e qual será o papel dele no futuro da franquia.
Nos quadrinhos, o Capitão América já teve diferentes descendentes ao longo dos anos. Nenhum deles surgiu exatamente da forma mostrada no trailer, mas alguns caminhos ajudam a entender quais adaptações a Marvel pode estar preparando.
James e Ian: os filhos de Steve Rogers nos quadrinhos
A Marvel Comics já apresentou mais de um personagem que carrega o sobrenome Rogers e está ligado diretamente ao legado do Capitão América. Dois deles costumam ser apontados como as opções mais plausíveis para inspiração em Vingadores: Doutor Destino.
James Rogers apareceu pela primeira vez no filme animado Os Novos Vingadores: Heróis do Amanhã (2008). Nesse universo, ele é filho de Steve Rogers com a Viúva Negra e cresce em um futuro devastado por Ultron. Já adulto, assume o manto de Capitão América ao lado dos filhos de outros heróis clássicos.
Embora sua origem original não envolva Peggy Carter, a adaptação para o MCU não seria difícil. A Marvel já alterou relações, idades e linhas do tempo diversas vezes. Envelhecer o personagem rapidamente e ajustar sua maternidade permitiria encaixá-lo como filho de Steve e Peggy sem grandes rupturas.
Outro nome frequentemente citado é Ian Rogers. Introduzido nos quadrinhos em 2012, ele é o filho adotivo de Steve com Sharon Carter. Criado artificialmente por Arnim Zola, Ian passa boa parte da vida dividido entre a programação vilanesca e o desejo de seguir os valores do pai adotivo.
Apesar de ser um personagem importante nos quadrinhos, sua história exigiria mudanças profundas para funcionar no cinema. A ligação com Sharon, a criação em laboratório e a ausência de Peggy tornam essa opção menos direta para o contexto mostrado no trailer.
Sharon: filha de Steve e Peggy em outro universo
Existe ainda um terceiro caminho, menos conhecido, mas curioso. Sharon Rogers foi criada originalmente para o jogo Marvel Future Fight. Nesse universo alternativo, Steve Rogers nunca foi congelado no gelo e viveu toda a vida ao lado de Peggy Carter.
Sharon cresce nesse cenário e, anos depois, assume o escudo do Capitão América quando os pais se aposentam. A semelhança com a escolha feita por Steve em Vingadores: Ultimato é evidente, o que torna essa possibilidade especialmente interessante dentro de uma saga que lida com multiverso.
Mesmo assim, a personagem nunca apareceu nos quadrinhos tradicionais nem foi mencionada oficialmente pelo MCU até agora. Isso faz com que sua inclusão seja menos provável, ainda que conceitualmente faça bastante sentido.
Com base no que foi mostrado até aqui, o bebê visto em Vingadores: Doutor Destino parece apontar mais para uma adaptação de James Rogers do que para qualquer outra alternativa. A Marvel tem liberdade para remodelar origens, acelerar o tempo e reposicionar personagens conforme a história exige.
Seja qual for a escolha, uma coisa é certa. O legado do Capitão América não termina com Steve Rogers pendurando o escudo. Pelo contrário, ele pode estar apenas começando uma nova geração dentro do MCU.