
A cantora e atriz Olivia Rodrigo, vencedora de três Grammys e dona do álbum Guts, entrou em uma briga inesperada com o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS), órgão responsável por políticas de imigração no país.
Tudo começou quando a cantora criticou o uso da sua música All-American Bitch em um vídeo divulgado pelo ICE (sigla para Immigration and Customs Enforcement, agência responsável por fiscalizar e deportar imigrantes ilegais nos EUA).
O vídeo, que foi publicado nas redes sociais oficiais do governo, incentivava imigrantes a “se autodeportarem” usando um aplicativo chamado CBP Home App.
Na legenda, a mensagem dizia: “SAIA AGORA e se autodeporte usando o aplicativo CBP Home. Se não fizer isso, enfrentará as consequências.”
A artista não gostou nada de ver sua música associada a esse tipo de conteúdo e deixou um comentário direto:
“Nunca usem minhas músicas para divulgar sua propaganda racista e cheia de ódio.”
O comentário foi apagado depois, mas já tinha viralizado:

A resposta do governo americano
O DHS respondeu à cantora em um tom nada amigável. Em nota enviada ao TMZ, um porta-voz do órgão usou até uma referência à própria letra da música de Olivia.
“A América é grata o tempo todo aos nossos agentes federais que mantêm o país seguro. Sugerimos que a senhorita Rodrigo agradeça pelo serviço deles, em vez de diminuir o sacrifício que fazem.”, disse o representante do departamento.
Pouco tempo depois da polêmica, o vídeo foi editado e o trecho com a música de Olivia foi removido.
Outros artistas já criticaram o ICE
Olivia Rodrigo não é a primeira artista a se revoltar com o uso indevido de músicas em vídeos oficiais do governo.
A cantora Jess Glynne também ficou indignada depois que sua canção Hold My Hand foi usada em uma campanha semelhante sobre deportações.
O comediante Theo Von foi outro nome que se manifestou, após descobrir que um trecho de seu podcast havia sido usado pelo mesmo departamento.
Esses casos fazem parte de uma série de ações polêmicas do governo de Donald Trump em seu segundo mandato, especialmente contra imigrantes que vivem sem documentação nos Estados Unidos.
Em janeiro, o DHS anunciou o fim de uma política que proibia os agentes do ICE de prender pessoas em escolas, hospitais e locais de culto religioso.