
Zoe Saldaña contou que James Cameron está considerando produzir um documentário sobre os bastidores da franquia Avatar. A atriz acredita que o projeto seria uma ótima oportunidade para mostrar em detalhes por que a técnica de captura de movimentos é, segundo ela, “a forma mais empoderadora de atuar”.
“Ela nos dá o crédito, a possibilidade de assumir 100% da nossa atuação na tela”, explicou Zoe, que há anos defende o reconhecimento desse tipo de trabalho. A atriz também já criticou o fato de premiações como o Oscar ainda não valorizarem as performances feitas por meio dessa tecnologia.
Ela comparou a captura de movimento à dublagem tradicional, destacando a diferença de envolvimento dos atores. “Na animação, você vai ao estúdio algumas vezes e grava sua voz, só isso. No captura de movimento, Avatar não existiria se Sigourney Weaver, Sam Worthington, Stephen Lang, Kate Winslet, eu e todo o elenco não estivéssemos lá, com os pontos colados no rosto, interpretando de verdade”, contou ao Beyond Noise.
A experiência de atuar no universo de Pandora

Zoe detalhou o processo por trás das filmagens. “A gente veste aquele macacão cheio de pontinhos e entra no volume, é assim que chamamos o set, com câmeras suspensas e posicionadas de forma precisa. Todas estão apontadas para esse espaço que nos captura e envia as informações para o sistema que cria Pandora”, disse.
A atriz interpreta Neytiri nos filmes da franquia Avatar, que incluem Avatar (2009), Avatar: O Caminho da Água (2022) e o próximo capítulo, Avatar: Fogo e Cinzas. James Cameron ainda planeja mais duas produções da saga.
Segundo Zoe, cada novo filme leva cerca de sete anos para ficar pronto, em parte pelo intenso treinamento dos atores.
“É arco e flecha, artes marciais, mergulho livre, mergulho com cilindro para conseguir prender a respiração por mais de cinco minutos, o idioma que o James criou do zero, treino físico com ex-ginastas, artistas de circo e acrobatas para aprender a andar como uma espécie extraterrestre… Tudo isso é feito por nós e por uma equipe incrível de dublês que fazem nossos personagens parecerem biônicos”, contou.
“Com a tecnologia que o Jim cria, ele dá ao artista o poder de total controle sobre sua atuação”, completou a atriz.
A falta de reconhecimento das premiações
Em entrevista ao The Independent, Zoe voltou a comentar sobre a resistência do Oscar em reconhecer atuações feitas por captura de movimento.
Ela citou não só o trabalho do elenco de Avatar, mas também o de Andy Serkis como Gollum em O Senhor dos Anéis e César em Planeta dos Macacos, ainda não conseguiu espaço nas principais premiações.
“Velhos hábitos são difíceis de mudar, e instituições antigas resistem a transformações”.
Avatar 3 chega aos cinemas do Brasil no dia 18 de dezembro de 2025.