Teste de pureza em Outlander: Blood of My Blood foi tenso também nos bastidores

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O oitavo episódio da primeira temporada de Outlander: Blood of My Blood, “Uma Mulher Virtuosa“, trouxe momentos intensos para vários personagens. Ellen precisou enfrentar o temido teste de pureza, enquanto Henry se viu tomado pelo medo de estar diante de um fantasma.

O criador do spin-off Matt B. Roberts comentou sobre a pesquisa por trás dessa prática, o que ela significa para Ellen e para os MacKenzie, além de abordar a forma como a série mostra o trauma de Henry.

Ele também refletiu sobre as relações entre irmãos, reencontros emocionantes e as escolhas feitas pelos personagens.

A pesquisa sobre o teste de pureza

O site Claire and Jamie perguntou a Matt sobre o processo de pesquisa histórica que levou à criação dos instrumentos usados na cena em que virgindade de Ellen é posta à prova.

“A gente queria ser o mais real possível. Pesquisamos muito no roteiro, e o departamento de adereços também se dedicou para que os instrumentos parecessem reais. Nosso objetivo era que as ações fossem fiéis ao período retratado”, explicou.

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Segundo ele, a autenticidade ajuda tanto na interpretação dos atores quanto na experiência do público. Apesar de a série trazer elementos de magia e viagem no tempo, Matt destacou que a ambientação precisa soar verdadeira quando a trama está dentro de um período histórico.

Ele contou que todos se impressionaram com os objetos, já que muitos deles continuam em uso até hoje, mesmo que em versões atualizadas. “Os homens ficaram mais surpresos do que as mulheres, então percebemos que precisávamos mostrar isso na história”, disse.

Harriet Slater, que interpreta Ellen, não precisou mostrar todos os detalhes do teste, já que sua atuação transmitiu a dor e a tensão vivida pela personagem. O momento também ressaltou a falta de apoio dos irmãos, que não a impediram de passar pela situação constrangedora.

Matt B. Roberts lembrou de um ponto marcante: “Quando Ellen encara Colum e a Sra. Fitz diz ‘Que vergonha de todos vocês’, isso mostra o poder que os homens têm de impedir certas coisas, mas não usam”.

O rompimento entre Ellen e Colum

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A relação de Ellen com seus irmãos, principalmente com Colum, também foi discutida.

“Com Dougal é quase o que se vê é o que se tem, mas com Colum havia um vínculo real. Ellen o amava, e havia um carinho verdadeiro. Por isso a traição pesa tanto quando ele coloca a sobrevivência do clã acima da dela e a usa como ferramenta”, explicou Matt.

Ele lembrou que, nos livros de Outlander, Ellen rompe totalmente com o irmão após deixar os MacKenzies, chegando a nunca mais encontrá-lo pessoalmente. A série, no entanto, não seguirá esse mesmo caminho, já que a relação entre os intérpretes Séamus McLean Ross e Harriet Slater funciona muito bem em cena.

Ainda assim, o showrunner reforçou que o teste de pureza foi um ponto de ruptura difícil, especialmente para Colum. “Ele tem sentimentos e enfrenta um dilema, mesmo que não se compare ao que Ellen vive”, afirmou.

Histórias não contadas nos livros

Matt comentou que a trama de Ellen e Brian abre espaço para muitas possibilidades, já que nem tudo foi detalhado nos livros.

“Eles se casam, vivem em Lallybroch e têm filhos, mas há muito espaço para explorarmos nesse período. É aí que incluímos Henry e Julia na história”, contou.

Para ele, muitas histórias dos pais acabam nunca chegando completamente aos filhos, e isso também se aplica a Jamie. “Ele tinha apenas oito anos quando Ellen morreu. Quantos detalhes íntimos da vida dos pais uma criança dessa idade realmente sabe?”, refletiu.

O reencontro de Henry e Julia

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Outro ponto forte do episódio foi a reunião de Henry e Julia, após longos períodos separados.

“Muita gente fala que eles ficaram afastados por muito tempo, mas mostramos vários momentos juntos em flashbacks. O que acontece é que não estão unidos no presente”, disse Matt B. Roberts.

Ele comparou com a dinâmica de Claire e Jamie em Outlander, marcada por encontros e separações constantes. Em Blood of My Blood, a proposta foi trabalhar isso de forma diferente, já que há dois casais centrais.

Sobre o reencontro no corredor, o produtor destacou: “Henry não sabia se era real depois de tudo que passou. Levamos o personagem ao fundo do poço, e esse momento se torna incrivelmente intenso. Mesmo quem assistiu várias vezes durante a edição se emocionou”.

A representação do transtorno em Henry

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A interpretação de Jeremy Irvine como Henry também foi elogiada, especialmente por retratar sintomas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático em um período em que esse diagnóstico nem existia.

“Aprendi que não há uma ordem fixa de sintomas. Cada pessoa reage de um jeito, e isso torna o tratamento difícil. Jeremy mergulhou nessa realidade para mostrar quando e como isso afeta o personagem”.

Ele citou um exemplo no episódio 6, “O Direito de Nascer“, em que Henry tem um surto e alucinações. “Foi natural mostrar isso, porque a sensação de estar fora do próprio corpo faz parte do transtorno”, explicou.

No episódio 8, esse estado de fragilidade torna o reencontro com Julia ainda mais intenso. “Quando ele se aproxima e a toca, aquilo diz tudo. Se estivesse em plena consciência, jamais confundiria outra pessoa com ela. Mas naquele momento não importava quem estava à sua frente”, completou.

A primeira temporada de Outlander: Blood of My Blood lança episódios inéditos aos sábados no Disney+.

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