
A polêmica em torno da suspensão do programa Jimmy Kimmel Live! pela ABC continua repercutindo em Hollywood e no mundo político. Depois de Tatiana Maslany fazer campanha por cancelamento em massa do Disney+, foi a vez de Mark Ruffalo se manifestar contra a decisão, criticando a postura da Disney, empresa responsável pela emissora.
Em uma publicação no Threads, Mark Ruffalo compartilhou uma matéria que apontava queda de 7% nas ações da Disney após a suspensão do programa.
O ator, que interpreta o Hulk no MCU desde Os Vingadores (2012), foi direto:
“Vai cair muito mais se cancelarem o programa dele. A Disney não quer ser lembrada como a empresa que quebrou a América”, escreveu.

Segundo a CNN, o valor das ações da companhia caiu de uma média de 116 dólares para 112 dólares por ação após a decisão, uma queda de 3,5%. Desde então, os números vêm se recuperando gradualmente.
Apoio de outros artistas
Tatiana Maslany, estrela de Mulher-Hulk, já havia incentivado consumidores a cancelarem suas assinaturas de serviços como Hulu e Disney+ em protesto.
Pedro Pascal, que está em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, também demonstrou apoio a Kimmel. “Democracia e liberdade de expressão precisam ser protegidas”, escreveu em suas redes.
O roteirista de Andor e vencedor do Emmy, Dan Gilroy, chamou a suspensão de “mal venenoso” e acusou o governo de realizar um “cerco” contra a liberdade criativa. Já o ex-CEO da Disney, Michael Eisner, classificou a decisão como sinal de má gestão dentro da empresa.
As reações não se limitaram às redes sociais. Sindicatos de roteiristas e atores organizaram protestos em frente ao prédio da Disney em Burbank, criticando a decisão da emissora.
O motivo da suspensão
A decisão de tirar Kimmel do ar veio após o presidente da FCC, Brendan Carr, ameaçar medidas contra a ABC. A polêmica surgiu depois de uma piada feita por Kimmel sobre Donald Trump.
Durante o monólogo, ele ironizou a reação do presidente ao assassinato do comentarista Charlie Kirk e disse que o grupo “MAGA” (Make America Great Again) tentava retratar o suspeito Tyler Robinson de forma conveniente para fins políticos.
Carr respondeu em um podcast: “Podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil. Essas empresas podem mudar a conduta e agir contra Kimmel, ou a FCC terá mais trabalho pela frente”.
Pressão das afiliadas
Além da pressão política, conglomerados donos de afiliadas da ABC também influenciaram a decisão. A Nexstar, que negocia a compra da Tegna, anunciou a suspensão do programa “por tempo indeterminado”.
Já a Sinclair Broadcast Group, segunda maior operadora de emissoras no país e dona de várias afiliadas da ABC, disse que não exibirá o programa até que Kimmel se desculpe publicamente com a família de Kirk e faça uma doação à organização conservadora Turning Point USA.
Enquanto isso, o horário do programa foi substituído por um especial em homenagem a Kirk.
Reação de Donald Trump
Donald Trump celebrou a suspensão do apresentador em suas redes sociais, sugerindo que Seth Meyers e Jimmy Fallon seriam os próximos alvos.