
Uma coisa é certa: praticamente todo filme de super-herói tem algum tipo de confronto, seja entre feitiços lançados pelas mãos, armaduras que disparam mísseis, ou deuses empunhando martelos mágicos. Explosões, cidades em ruínas e batalhas colossais fazem parte do pacote. Mas basta surgir uma cena com sangue, mesmo que breve, para acender o alerta e virar notícia.
Durante uma conversa com o The Times UK, Stephen King falou sobre a forma como a violência é tratada em muitos filmes de super-heróis, especialmente nos grandes lançamentos da Marvel e da DC.
“Se você assistir a esses filmes, vai ver algum supervilão destruindo quarteirões inteiros da cidade, mas nunca aparece uma gota de sangue”, disse o autor.
Segundo ele, esse tipo de abordagem acaba criando uma sensação artificial. “E, cara, isso está errado. É quase… pornográfico”, completou.
King comentou também que fez questão de abordar o tema de maneira diferente em seu novo projeto adaptado para o cinema:
“Eu disse [sobre A Longa Marcha: Caminhe ou Morra], se não vão mostrar, nem façam. E então eles fizeram um filme bem brutal.”
Novo filme inspirado em A Longa Marcha
O livro A Longa Marcha, escrito por Stephen King em 1979 sob o pseudônimo Richard Bachman, virou filme e chega aos cinemas brasileiros no dia 18 de setembro de 2025, com distribuição da Lionsgate.
Com direção de Francis Lawrence (Jogos Vorazes) e roteiro de JT Mollner (Desconhecidos), o longa acompanha um grupo de adolescentes forçados a participar de uma competição mortal. O objetivo é simples: caminhar sem parar, mantendo uma velocidade mínima. Quem não consegue, é eliminado, literalmente.
O elenco conta com Cooper Hoffman, David Jonsson, Judy Greer, Mark Hamill, entre outros nomes.
Bastidores exaustivos

Em entrevista recente à Variety, Cooper Hoffman comentou que as gravações exigiram bastante esforço físico do elenco.
“A gente andava uns 24 km por dia no calor de quase 40 graus”, contou.
Hoffman destacou que, apesar do cansaço, não houve simulação:
“Tem momentos em que somos obrigados a ser atores de método. Seja lá o que isso signifique. Mas a gente estava andando mesmo. Ninguém fingiu. É exaustivo.”
Com estreia marcada para setembro, A Longa Marcha: Caminhe ou Morra é mais uma adaptação de Stephen King a chegar às telas.
O filme é ambientado em um futuro distópico nos Estados Unidos, onde a marcha forçada dos personagens funciona como um experimento de controle e resistência.