Mais lucro e mais público: Disney detalha seu trimestre de abril a junho de 2025

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A The Walt Disney Company divulgou seus resultados financeiros do trimestre encerrado em 28 de junho de 2025 e informou que sua divisão de streaming teve um crescimento de 6% na receita, registrando um lucro operacional de 346 milhões de dólares no período.

O número total de assinantes somando Disney+ e Hulu chegou a 183,3 milhões, 2,6 milhões a mais do que no trimestre anterior. O Disney+ sozinho subiu para 127,8 milhões de assinantes, com um crescimento de 1,8 milhão. Já o Hulu, que por enquanto só existe nos EUA, teve um aumento de 800 mil assinantes, alcançando 55,5 milhões.

A expectativa para o próximo trimestre, que vai de julho a setembro, é que esses serviços ganhem mais de 10 milhões de novos assinantes.

Comparação com o trimestre anterior

Abaixo, a tabela atualizada com os números de assinantes (em milhões) registrados no fim de junho de 2025 e os números apresentados no relatório anterior, referente ao fim de março:

PeríodoDisney+ EUA e CanadáDisney+ InternacionalDisney+ Total GlobalHulu (EUA)
Trimestre atual57,869,9127,855,5
Trimestre anterior57,868,2126,054,7

Os dados mostram estabilidade na base de assinantes do Disney+ nos Estados Unidos e Canadá, enquanto o público internacional apresentou crescimento de 1,7 milhão. Com isso, o total global de assinantes do Disney+ aumentou para 127,8 milhões, uma alta de 1,8 milhão em relação ao trimestre anterior.

Já o Hulu teve um avanço mais tímido, passando de 54,7 milhões para 55,5 milhões de assinantes. Esse aumento veio principalmente da modalidade sob demanda, já que o segmento Live TV + SVOD teve leve queda.

Receita por assinante também subiu

O valor médio mensal arrecadado por assinante também cresceu:

  • Disney+ Internacional passou de 7,52 para 7,67 dólares
  • Disney+ EUA e Canadá ficou praticamente estável, em 8,09 dólares
  • Hulu SVOD subiu levemente, indo para 12,40 dólares
  • Hulu Live TV + SVOD passou de 99,94 para 100,27 dólares

Esse avanço reflete, principalmente, o aumento de preços e mudanças no mix de assinantes.

Parques e cruzeiros ajudam a impulsionar receita

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A divisão de experiências da Disney, que engloba os parques temáticos nos Estados Unidos e no exterior, além de produtos de consumo, teve um crescimento de 8% e chegou a 9,1 bilhões de dólares em receita.

Boa parte desse aumento veio dos parques norte-americanos e da operação da Disney Cruise Line, que também teve desempenho positivo no trimestre

O lucro operacional cresceu 13%, puxado principalmente pelos parques nos EUA, que tiveram aumento no número de visitantes e nos gastos por pessoa. A Disney Cruise Line também teve papel importante nesse crescimento, com mais dias de cruzeiro e mais cabines ocupadas, graças ao lançamento do navio Disney Treasure.

TV tradicional perde força

Enquanto os serviços digitais cresceram, o setor de TV linear nos Estados Unidos, incluindo a ABC, apresentou queda de 4% na receita, fechando em 2,1 bilhões de dólares. O lucro operacional caiu ainda mais, com recuo de 14%, somando 587 milhões.

No exterior, a situação foi mais intensa: a receita das redes internacionais caiu 58%. Isso aconteceu após a conclusão da transação envolvendo a Star India, que afetou diretamente esse segmento.

ESPN se prepara para nova fase com foco no streaming

A ESPN teve um leve crescimento de 1% na receita, atingindo 4,3 bilhões de dólares. No entanto, o lucro operacional caiu 7%, reflexo do aumento nos custos com direitos de transmissão da NBA e do esporte universitário, além de ser um ano sem a final da Stanley Cup da NHL.

Apesar disso, a Disney anunciou que a nova plataforma de streaming da ESPN será lançada no dia 21 de agosto nos Estados Unidos. E nesta mesma semana, um novo acordo com a NFL foi confirmado: a liga de futebol americano passará a ter 10% de participação na ESPN.

Com isso, a ESPN vai assumir o controle do NFL Network, do serviço NFL RedZone e também de sete jogos que antes eram transmitidos pelos próprios canais da liga.

Licenciamento de conteúdo e filmes live-action ajudam a equilibrar receitas

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A parte de vendas e licenciamento de conteúdo da Disney registrou um crescimento de 7%, chegando a 2,3 bilhões de dólares.

O desempenho foi puxado pelo filme Lilo & Stitch em versão live-action, que compensou os resultados mais fracos de bilheteria de Thunderbolts* e Elio, comparados ao sucesso do trimestre anterior com Divertida Mente 2.

Disney supera expectativas de lucro no trimestre

O mercado esperava que a Disney tivesse um lucro ajustado por ação de 1,44 dólar com uma receita total de 23,7 bilhões, mas a empresa superou a previsão, fechando com lucro ajustado de 1,61 dólar por ação e mantendo a receita exatamente nesse valor.

Durante a apresentação dos resultados, o CEO Bob Iger comentou:

“Estamos satisfeitos com nosso desempenho criativo e financeiro no terceiro trimestre, enquanto seguimos avançando em nossas prioridades estratégicas”.

Ele também destacou os próximos passos da empresa em solo norte-americano, como o lançamento do serviço direto ao consumidor da ESPN, a fusão de conteúdos do Hulu no Disney+, e as novas expansões planejadas para os parques da Disney ao redor do mundo.

Fonte: The Walt Disney Company

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