Rachel Zegler comentou pela primeira vez como tem lidado com as reações ao filme Branca de Neve, desde a escolha do elenco até as críticas após a estreia. A produção chegou aos cinemas cercada de polêmicas e acabou recebendo avaliações ruins, ficando com 39% no Rotten Tomatoes e uma bilheteria de apenas US$ 205,6 milhões.
Boa parte das críticas direcionadas a Zegler começaram no momento em que ela foi anunciada para o papel principal, com foco na sua aparência, por não ter a pele “branca como a neve”, como na animação de 1937.
A situação se agravou após comentários que muitos entenderam como depreciativos em relação ao filme original, além de uma publicação no X com a frase “free Palestine” junto ao trailer do remake.
As reações aumentaram depois das eleições dos Estados Unidos no ano passado, quando Zegler publicou no Instagram: “F* Donald Trump“. Ao falar sobre como é vista online com o I-D, ela comentou: “É interessante. Às vezes, é bem alarmante”.
“Minha compaixão não tem limites, é isso mesmo”, afirmou. “Apoiar uma causa não significa rejeitar outras. Isso sempre foi parte de quem eu sou. Foi como fui criada”.
Ela também falou sobre os riscos de se posicionar: “Há coisas em jogo quando se fala abertamente, mas nada vale mais do que vidas inocentes. Meu coração não tem cerca, e se isso for visto como uma falha… existem coisas piores”.
Saúde mental
Com a decepção de Branca de Neve sendo colocada sobre seus ombros por parte do público, Zegler contou que buscou ajuda para lidar com os efeitos disso na sua saúde mental.
“Minha psiquiatra me acompanhou em tudo isso“, revelou. “Ela me disse: ‘O que você está vivendo não é normal’. Essa frase me ajudou muito em várias situações da minha vida”.
Zegler também contou que começou a tomar medicação para lidar com a ansiedade após essa experiência.
“Foi um divisor de águas, porque eu simplesmente não estava funcionando. E eu queria funcionar de um jeito que me fizesse sentir segura e confiante no mundo”.
Recomeço no teatro
Mesmo depois de tudo, ela deixou claro que não quer ser vista como alguém em posição de vítima. “Acho que adotar essa mentalidade é uma escolha, e eu não escolho isso”, disse.
“Também não escolho revidar com grosseria ou negatividade. Prefiro escolher o que for positivo. E, sim, acredito que ser feliz também é uma escolha, e todos os dias eu acordo achando que sou muito sortuda por viver a vida que eu vivo”.
Zegler atualmente está em cartaz com o musical Evita no West End, em Londres, e segue em frente após a recepção negativa de Branca de Neve. O filme está disponível no Disney+.