A Walt Disney Animation Studios anunciou uma mudança drástica em sua estratégia: o estúdio não produzirá mais conteúdos originais de longa duração, como séries ou filmes extensos, para o Disney+.
O cancelamento da série Tiana e de um longa inédito marca o fim dessa era, enquanto o cinema reassume o protagonismo. Saiba o que motivou essa decisão e o que vem por aí.
Fim dos projetos longos para streaming
De acordo com o The Hollywood Reporter, a Disney Animation está encerrando sua aposta em produções episódicas ou longas exclusivas para o Disney+.
A série Tiana, planejada desde 2020 com Anika Noni Rose reprisando a voz da princesa de A Princesa e o Sapo, foi cancelada devido a custos elevados e dificuldades na produção.
Outro filme, ainda não revelado, que iria direto para o streaming também foi descartado. Essa reviravolta reflete um ajuste estratégico em resposta ao sucesso de bilheterias recentes.
A decisão retrata uma mudança já vista na Pixar em 2024, quando o estúdio reduziu seu foco em séries longas após lançar Produção de Sonhos e, mais recentemente, Ganhar ou Perder.
Durante a pandemia, a Disney, sob liderança do ex-CEO Bob Chapek, incentivou conteúdos exclusivos para o Disney+ visando atrair assinantes. Hoje, o cenário mudou: o cinema prova ser o caminho mais lucrativo para animações.
Sucesso nos cinemas impulsiona a estratégia
O caso de Moana 2 é emblemático. Originalmente concebido como uma série para o Disney+, o projeto foi adaptado para os cinemas e arrecadou mais de US$ 1 bilhão no mundo todo. Seu lançamento no Disney+ está marcado para 12 de março de 2025, mas o impacto nas telonas foi decisivo.
Outro exemplo é Divertida Mente 2, da Pixar, que faturou US$ 1,7 bilhão em 2024, tornando-se o maior filme do ano. Esses números reforçam que o cinema é a força principal da animação Disney, em termos de lucro.
Diante disso, a Walt Disney Animation planeja um filme por ano para as telonas. Zootopia 2 chega em novembro de 2025, dirigido por Jared Bush e Byron Howard, seguido por um longa inédito em novembro de 2026 e Frozen 3 em novembro de 2027.
Curtas ganham espaço no Disney+
Embora as séries longas estejam fora dos planos, o estúdio não abandonará o Disney+ completamente. O formato de curta metragem será o novo foco, com um especial baseado em A Princesa e o Sapo já em desenvolvimento inicial.
Dirigido por Joyce Sherrí e Steve Anderson, o projeto trará uma história inédita inspirada no filme de 2009. O sucesso de curtas anteriores, como os episódios da série Zootopia+ (vencedor do Emmy) e Baymax!, e a liderança de Bluey como o programa mais assistido nos EUA em 2024 (segundo a Nielsen), justificam essa aposta.
Impacto nos estúdios e nos fãs
A mudança não vem sem custos. O cancelamento de Tiana e outros projetos resultará em demissões no estúdio da Disney em Vancouver.
Ainda assim, A Princesa e o Sapo segue relevante, com a atração Tiana’s Bayou Adventure nos parques dos EUA e o filme original mantendo alta popularidade no Disney+ — em 2024, foi o mais assistido em streaming, conforme a Nielsen.
O futuro da Disney Animation
Com o fim das produções longas para o Disney+, a Walt Disney Animation redefine suas prioridades.
O cinema volta a ser o coração da estratégia, enquanto curtas garantem presença no streaming.
Para os fãs de Tiana, o especial em desenvolvimento é uma esperança, mas o cancelamento da série deixa um espaço que o cinema e os parques terão que preencher.
O que acha dessa mudança na Disney? Comente abaixo e acompanhe as próximas estreias da animação!