Disney é processada por mudanças no acesso para visitantes com deficiência

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A Disney está sendo processada por alterações no Disability Access Service (DAS), serviço voltado para visitantes com alguma deficiência.

A ação judicial foi movida por Trisha Malone, uma mulher da Califórnia que alega ter sido prejudicada pelas novas regras do programa.

O processo afirma que as mudanças “discriminam sistematicamente indivíduos com deficiências físicas e violam seus direitos de acesso igualitário, privacidade e dignidade”.

A Disney, por sua vez, se manifestou dizendo que as acusações não têm fundamento.

O que é o DAS?

O Disability Access Service (DAS) permite que visitantes que não conseguem esperar longos períodos em filas tradicionais tenham a opção de esperar virtualmente pelo tempo normal de fila e retornar à atração no horário agendado para um tempo de espera reduzido.

O sistema é oferecido nos parques da Disneyland e Walt Disney World e faz parte de um conjunto de serviços voltados para acessibilidade.

Quem pode usar o DAS?

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Atualmente, o site da Disney informa que o DAS é voltado para visitantes com deficiências de desenvolvimento, como o autismo, que os impeçam de esperar em uma fila convencional.

Essa especificação foi adicionada em 2023. Antes disso, o serviço era destinado a qualquer pessoa com dificuldade de tolerar longas esperas devido a uma deficiência.

Na época da mudança, a Disney afirmou que o número de solicitações do DAS havia aumentado muito, ultrapassando o público para o qual o serviço foi originalmente projetado.

Detalhes do processo

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Trisha Malone está processando a Disney

O processo foi movido por Trisha Malone, de San Diego. Ela afirma ter uma deficiência física reconhecida pela Lei dos Americanos com Deficiência (ADA) e pela Lei dos Direitos Civis da Califórnia (Unruh Civil Rights Act).

Segundo a ação, Malone solicitou acesso ao DAS, mas teve seu pedido negado sob a justificativa de que não se enquadrava nos novos critérios da Disney, mesmo estando disposta a apresentar documentação médica para comprovar sua necessidade.

O processo também acusa a Disney de coagir os visitantes a assinar termos e condições enganosos antes de participar do processo de inscrição no DAS.

Quem são os réus?

A ação foi movida contra Disney Parks and Resorts e a Inspire Health Alliance, LLC, empresa contratada pela Disney para ajudar na triagem dos visitantes que solicitam o DAS.

A Inspire Health é citada por supostamente coletar informações médicas sensíveis em locais sem privacidade adequada, violando leis como a Confidentiality of Medical Information Act da Califórnia e a HIPAA, que protege a privacidade de dados médicos nos EUA.

O que o processo exige?

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A ação judicial solicita que a Disney:

  • Restaure o acesso ao DAS para pessoas com deficiência física que tiveram suas solicitações negadas após a mudança de política.
  • Remova a exigência de que apenas deficiências de desenvolvimento sejam aceitas no programa.

Além do processo, uma petição online no Change.org já reuniu mais de 33 mil assinaturas, pedindo que a Disney volte às regras anteriores do DAS.

O que a Disney disse sobre o caso?

Em resposta ao USA TODAY, a Disney declarou:

“A Disney está comprometida em oferecer uma ótima experiência a todos os visitantes, especialmente àqueles com deficiência que precisam de acomodações especiais. Contamos com um amplo conjunto de serviços de acessibilidade e trabalhamos com especialistas para garantir que as necessidades individuais sejam atendidas corretamente. Acreditamos que as alegações nesse processo não têm mérito.”

Ainda não há informações sobre possíveis mudanças na política do DAS ou sobre como a Disney responderá judicialmente ao caso.

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