Com a estreia antecipada de Paradise, novo projeto de Dan Fogelman, a série já está dando o que falar. O plano original era lançar os três primeiros episódios no dia 28 de janeiro, com a exibição do primeiro capítulo logo depois também na ABC e FX nos Estados Unidos.
Esse movimento incomum já indicava a confiança da Disney na produção, pois nunca haviam estreado um título em três plataformas praticamente ao mesmo tempo.
Mas nem mesmo o estúdio quis esperar, liberando o primeiro episódio de surpresa no domingo (26). E, pelo desfecho, foi uma forma eficaz de prender o público e aumentar a curiosidade para o restante da temporada.
Os trailers de Paradise apresentavam a série como um thriller político centrado na suspeita de assassinato do presidente dos EUA, Cal Bradford, interpretado por James Marsden.
O principal suspeito? O agente do Serviço Secreto Xavier Collins, vivido por Sterling K. Brown.
Esse mistério por si só já poderia sustentar a série, mas quem conhece o trabalho de Fogelman em This Is Us sabe que há sempre algo a mais por trás do que é mostrado inicialmente.
No caso de Paradise, a primeira grande reviravolta redefine completamente o rumo da história e aó agora o título parece fazer sentido.
O grande segredo de Paradise está escondido no subsolo
Enquanto parecia que a maior parte da trama se desenrolaria em Washington D.C., o final do primeiro episódio revela que o verdadeiro cenário da série é bem diferente do esperado.
Depois de ser baleado ao tentar proteger o presidente, Collins retorna ao trabalho e descobre algo ainda mais preocupante: uma ameaça apocalíptica está prestes a acabar com a humanidade.
Os detalhes sobre essa catástrofe ainda são um mistério, mas uma informação surpreendente vem à tona — o governo dos EUA construiu uma cidade subterrânea secreta no Colorado para abrigar um seleto grupo de pessoas quando o fim do mundo chegar.
Os últimos momentos do episódio revelam o que realmente está acontecendo ali. A luz do sol é artificial, os patos no lago são robôs e os moradores usam pulseiras eletrônicas que servem como identificação, meio de pagamento e acesso a diferentes áreas.
Além do mistério envolvendo o assassinato do presidente, agora o público precisa entender como essa cidade subterrânea funciona e, principalmente, quem pode ser confiável nesse ambiente controlado.
A série começa como um thriller político, se transforma em um mistério de assassinato e logo se revela uma história de ficção científica pós-apocalíptica — tudo isso em um único episódio.
Nada em Paradise é o que parece
Para quem já acompanhou o trabalho de Fogelman em Amor a Toda Prova ou This Is Us, não é novidade que ele gosta de surpreender o público com grandes reviravoltas.
Mas Paradise leva isso a um novo patamar. Se antes suas histórias eram mais voltadas para dramas familiares, agora ele mergulha em um universo que mistura política, conspiração e ficção científica.
São duas grandes questões que guiam a série: quem matou o presidente e qual é a verdadeira ameaça que levou à criação dessa cidade subterrânea?
Em entrevista à Variety, Sterling K. Brown comparou Paradise a O Show de Truman, estrelado por Jim Carrey.
No filme, Truman descobre que toda a sua vida foi uma encenação dentro de um estúdio de televisão.
Em Paradise, o público é surpreendido junto com os personagens ao perceber que a cidade perfeita é, na verdade, uma estrutura artificial cuidadosamente planejada.
No desfecho do primeiro episódio, Collins diz diretamente a Bradford que deseja sua morte. Pouco depois, o presidente é brutalmente assassinado.
Para piorar, Collins é a última pessoa vista com ele antes do crime. Conforme os episódios avançam, a série terá que responder a essas perguntas: as duas tramas estão conectadas?
O assassinato foi motivado por algo além da política? E o mais importante: até onde o governo está disposto a ir para manter esse segredo enterrado?
Novos episódios de Paradise estão disponíveis no Disney+ toda terça-feira.