A The Walt Disney Company anunciou os resultados financeiros do último trimestre e, pela primeira vez, revelou que seus serviços de streaming, incluindo Disney+, Hulu e ESPN+, alcançaram lucratividade. Esse marco chega um trimestre antes das previsões anteriores da empresa, indicando uma aceleração significativa na estratégia de rentabilização dessas plataformas.
Em 2019, antes do lançamento do Disney+, a empresa projetava que o serviço só alcançaria a lucratividade no final de 2024. Desde então, a Disney enfrentou o desafio de competir com grandes números de assinantes de serviços como Netflix, investindo bilhões em conteúdo original e oferecendo descontos substanciais para atrair e manter usuários.
Estratégias na busca pelo lucro
Durante a pandemia, houve um aumento inicial no número de assinantes, mas isso criou uma falsa sensação de segurança. A necessidade de lucratividade, ao invés de apenas perseguir números de assinantes, se tornou uma pressão crescente por parte de investidores e analistas de mercado.
Com a volta de Bob Iger como CEO, a empresa passou por uma grande reestruturação, incluindo demissões em massa e redução drástica na produção de novo conteúdo. Além disso, a introdução de um plano com suporte de anúncios e sucessivos aumentos nos preços das assinaturas foram medidas adotadas para alcançar esse novo objetivo financeiro.
Bob Iger comentou sobre o marco alcançado: “Nossa performance no Q3 demonstra o progresso que fizemos em relação às nossas quatro prioridades estratégicas, abrangendo nossos estúdios criativos, streaming, esportes e negócios de Experiências. Este foi um trimestre forte para a Disney, impulsionado por excelentes resultados no segmento de Entretenimento, tanto na bilheteria quanto em DTC, pois alcançamos a lucratividade em nossos negócios de streaming combinados pela primeira vez e um trimestre antes do previsto.”
Novas projeções
No último trimestre, a divisão de Consumo Direto ao Consumidor da Disney, que inclui Hulu, Disney+ e ESPN+, arrecadou US$ 5,805 bilhões, um aumento de 15% em relação ao trimestre anterior. Esse crescimento deve-se ao aumento da receita de assinaturas, impulsionado por altas nas taxas de assinatura e crescimento do número de assinantes no Disney+ e, em menor medida, no Hulu, embora parcialmente ofuscado por impactos negativos da variação cambial.
Com essas mudanças estratégicas, a Disney busca não apenas estabilizar, mas expandir sua lucratividade no setor de streaming, um movimento considerado essencial para o futuro financeiro da empresa
Enquanto a divisão de streaming começa a gerar lucros, os desafios permanecem, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio entre custos e receitas e à aceitação do público diante dos aumentos de preço e da redução do lançamento de novos conteúdos.